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quinta-feira, 11 de julho de 2013

A vaidade e a soberba
Depois de um tempo sem publicar artigos no Blog, retorno com um tema bem complexo: Vaidade e Soberba. 
Em minhas pesquisas encontrei um texto muito interessante, e gostaria de compartilhar com vocês alguns trechos que achei pertinente.
Boa leitura!
                                 A vaidade e a soberba                                                
VAIDADE – Desejo exagerado de atrair a admiração ou as homenagens dos outros; ostentação; presunção; futilidade.
SOBERBA – Altivez; orgulho.
No mundo ocidental a palavra vaidade tem o significado acima exposto, mas, na sua origem etimológica, tem outro sentido, principalmente no oriente, a qual quer dizer: VAZIO, SOPRO DE VENTO.
Existe um livro na Bíblia Sagrada, no qual fala quase que exclusivamente da vaidade. O livro de ECLESIASTES,  ele tem objetivo filosófico e linguagem de sabedoria cínica.
O ser humano de um modo geral sofre de um mal terrível, o VAZIO, por causa dele, está sempre procurando algo para preencher este espaço vago em sua vida, não consegue viver se não estiver procurando um modo de se sentir completo. Este é um grande perigo, haja vista que nesta procura, acaba encontrando coisas supérfluas, as quais trazem somente uma sensação de complemento e isto gera uma nova necessidade de buscar de novo o complemento da vida. Vejamos algumas coisas consideradas como vaidades:
A vaidade das possessões ou das riquezas. Quantas pessoas não passam suas vidas inteiras correndo atrás de posses, de muito dinheiro, muitas casas, muitos carros, enfim, tantas coisas que no decorrer da vida não conseguirá usufruir de tudo. No fim das contas, filhos matam pais por causa do dinheiro, vítimas de seqüestros, roubos, extorsões, entre outros crimes motivados pelo dinheiro. Ao findar a vida tudo fica pra trás e em muitos casos haverá brigas para a divisão da riqueza e o acumulador delas, agora morto, nada levará. Acredito que ninguém tenha visto um cortejo fúnebre acompanhado por um caminhão de mudanças. Se estiveres indagando que riqueza trás felicidades, responda se puder. Porque será que a maior parte dos suicídios são cometidos por pessoas abastadas? Ou porque grande parte termina suas vidas mergulhadas nos vícios da bebida ou das drogas? Ou porque outra grande parte sofre de males de saúde como doenças psicossomáticas, depressão, etc...? Enfim, morre o rico e morre o pobre.
A vaidade da sabedoria. É melhor ser sábio que estulto (tolo), a sabedoria é um tesouro inestimável, porém, também trás seus transtornos, se gasto muito tempo à procura dela, notarei que ela virá só com o tempo, a juventude muitas vezes é desprovida de tal dádiva. Se tiver um encontro com a sabedoria, sofrerei por viver em um mundo repleto de estultos, néscios e incautos. Vale dizer que sabedoria não é o mesmo que inteligência. A sabedoria é um grande instrumento para a vida, mas não devemos pensar que é tudo na vida, nem tampouco menosprezar os estultos, não devemos pensar que ser sábio é ser melhor que o outro. O princípio da sabedoria é não julgar-se sábio. No fim, morre o sábio e morre o estulto.
A vaidade do trabalho. Existem pessoas que são consideradas como “compulvise workaholic” ou “trabalhador compulsivo”, este é comparado a um alcoólatra, visto que é viciado em alguma coisa, neste caso, no trabalho. É claro e óbvio que o trabalho dignifica o homem, mas, pode chegar ao vício motivado por questões óbvias, ou seja, por querer conquistas na vida, o caminho é o trabalho, principalmente para as pessoas providas de decência e honestidade, as quais não aprenderam a ser desonestas e conseguir as coisas roubando ou sendo fraudulentas. Em outros casos, pessoas mergulham no trabalho para fugirem de suas mazelas diárias, tratam-no um refúgio. Parabéns aos trabalhadores, mas, cuidado com o compulsive workaholic. Enfim, morre o trabalhador e morre o preguiçoso.
O mundo hodierno, após a entrada do capitalismo motivado principalmente pela revolução industrial, e o mundo ainda mais atual, considerado o pós-moderno tem sofrido muito e as pessoas são empurradas por causa da vaidade e por causa dela, são levados para a soberba. O soberbo é orgulhoso e individualista. Diga-se de passagem: “Deus aborrece do soberbo e ama aos humildes”. Para que não nos tornemos demasiadamente soberbos, creio que o melhor recurso é buscar na vida o equilíbrio e a moderação, visto que até mesmo a natureza é equilibrada e moderada, quando nós mesmos, os moradores da terra fazemos algo que a destrói, ela devolverá o desfavor que fizemos de forma devastadora.
A vaidade é vazia, a soberba é altivez e orgulho. Uma coisa sempre leva à outra, um abismo sempre leva a outro abismo. Todos têm momentos de vaidades e muitas vezes procuramos preencher esta vaidade com coisas que não leva-nos a lugar algum.
A vida é muito simples, embora complexa, nós mesmos somos quem a complicamos.
Fica a pergunta: Como temos preenchido a nossa VAIDADE?
Grande Abraço!
fonte: http://www.goiasinterior.com.br Texto - José Antônio Soares.