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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Olá amigos,

Depois de um curto período de recesso volto ao blog para partilhar com vocês mais conteúdos inerente ao universo de Gerentes e Vendedores. Desta vez irei abordar um assunto que vêm tomando conta das rodas de debates  em diversos sites e comunidades voltadas ao nosso negócio. 

O tema principal são as novas estratégias comerciais que estimulam à venda de serviços e produtos financeiros, nas maiores redes de departamentos espalhadas pelo Brasil. 

Na verdade, vale dizer que as instituições financeiras encontraram no varejo um poderoso canal de vendas, chegando a um público que normalmente não entraria em uma agência bancária para comprar um seguro de vida ou um título de capitalização.
Já os lojistas conseguem com essas parcerias aumentar o grau de relacionamento com seus clientes e ainda obter uma receita extra. Em algumas Redes o faturamento obtido atinge números expressivos.
Abaixo apresento uma matéria vinculada no site do jornal Cruzeiro do Sul, da cidade de Sorocaba, publicada no dia 25/05/2014. 
Boa leitura!

Produtos financeiros puxam resultados nas empresas de varejo do setor de vestuário

As três grandes varejistas têxteis que oferecem crédito ao consumidor tiveram melhores resultados no trimestre
"Apesar do cenário nebuloso, empresas continuam apostando no futuro e acreditando que vão ter retornos investindo em multicanais, abertura e reformulação de lojas" Maria Paula Cantusio, analista do BB Investimentos

Cartões de crédito e empréstimos ao consumidor destacam-se nos resultados de companhias de varejo de vestuário enquanto o cenário macroeconômico pesa sobre as vendas. Os produtos financeiros na Marisa Lojas, Lojas Renner e Riachuelo e ganhos de eficiência operacional são apontados por analistas que cobrem o setor como pontos positivos do primeiro trimestre. Já o segundo traz desafios à frente, com incertezas em razão da proximidade da Copa do Mundo em contraponto a planos de investimentos agressivos, e portanto considerados arriscados por alguns profissionais de mercado.
As três grandes varejistas têxteis que oferecem crédito ao consumidor tiveram melhores resultados nos produtos financeiros, motivados por baixa inadimplência. Como observa o analista da Votorantim Corretora, Luiz Cesta, essas empresas sofisticaram seus sistemas de análise de crédito e cobrança e estão preparadas mesmo que um eventual aumento no desemprego gere pressão sobre a inadimplência num futuro próximo. "O que ajuda é que os níveis de inadimplência ainda são relativamente baixos tanto no credito bancário como nas varejistas e algumas companhias que não postaram resultado tão bom na divisão de varejo acabaram tendo como contrapartida resultado bom de serviço financeiro", comenta Cesta.
Na Marisa, o resultado desses produtos foi de R$ 95,7 milhões de janeiro a março, alta de 60,6% na comparação anual. A Renner teve crescimento de 29,1% em produtos financeiros, para R$ 61,4 milhões. A Guararapes, controladora da Riachuelo, divulgou que o Ebitda da operação financeira subiu 105,5%, para R$ 78,9 milhões. O cenário de níveis controlados de inadimplência tende a continuar, na opinião da analista Maria Paula Cantusio, do BB Investimentos, a menos que haja uma deterioração "altamente inesperada" no cenário macroeconômico.
Já a performance de vendas foi bastante diferente entre as empresas. Marisa teve crescimento de vendas mesmas lojas (abertas há mais de um ano) de apenas 1% ante o mesmo trimestre do ano anterior por conta de antecipação da liquidação de verão. Na Riachuelo, esse índice foi de 6,7%, o maior dentre as companhias de capital aberto. O pior resultado foi o da Cia Hering, com queda de 4,1% nas vendas mesmas lojas na Hering Store, principal bandeira de varejo da companhia.
Expansão
O segundo trimestre deve seguir desafiador para as vendas e com isso os analistas chamam atenção para a execução dos planos de expansão. "Acreditamos que uma gestão robusta fará diferença no lucro líquido, considerando a perspectiva obscura para o ano", disseram em relatório os analistas do HSBC, Francisco J. Chevez, Manisha Chaudhry e Stewart Ragar. Diluição de custos operacionais já vem sendo destacados como o ponto positivo, por exemplo, no caso da Renner, que conseguiu elevar em 3,2 pontos porcentuais a margem Ebitda da operação de varejo, para 9%.
Cesta, da Votorantim, alerta para o fato de que muitas companhias têm planos agressivos de expansão em número de lojas, como Cia Hering, Renner e Riachuelo. "Há um risco porque não se sabe exatamente como essas novas lojas vão se comportar num período macroeconômico mais complicado", comenta. "Apesar do cenário nebuloso, empresas continuam apostando no futuro e acreditando que vão ter retornos investindo em multicanais, abertura e reformulação de lojas", acrescenta Maria Paula, do BB.
O calendário de jogos da Copa do Mundo é um elemento de incertezas para os varejistas. "Diria que o segundo trimestre será de dúvidas", disse José Galló, presidente da Renner. "Não sabemos ainda quantos dias de feriado teremos e o que determinará (o resultado) será o número de dias úteis", completou. A Marisa chegou a informar que antecipou a importação de peças de inverno prevendo problemas logísticos na Copa.
Notícia publicada na edição de 25/05/14 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 004 do caderno B - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

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