primeira parte.
Profissionais capazes de liderar, de exercer poder
e influência sobre as pessoas, fazem a diferença para muitas organizações. É
uma atividade que, se bem feita, mantém a saúde das relações entre os
indivíduos. Por isso, é muito importante essa atenção dada aos fundamentos da
psicologia.
Para iniciar vamos reafirmar alguns fundamentos
teóricos. Psicólogos e administradores, sobre os processos de liderança e as
relações de poder entre as pessoas na prática.
PODER
O poder – a habilidade de influenciar outras
pessoas – é extremamente importante para que um líder seja eficaz. Nas
organizações, isso muitas vezes significa fazer com que as tarefas sejam
realizadas, ou atingir as próprias metas mesmo com a resistência dos outros.
Fontes de Poder
Uma das abordagens mais antigas e ainda úteis para
entender o poder sugere que os líderes têm cinco fontes potenciais importantes
de poder nas organizações. A figura abaixo mostra essas fontes de poder.
Poder legítimo
O líder com poder legítimo tem o direito, ou a
autoridade, de dizer aos subordinados o que fazer; os subordinados são
obrigados a obedecer às ordens legítimas. Por exemplo, um supervisor diz a um
empregado que remova um risco à segurança e o empregado remove o risco porque
tem de obedecer à autoridade de seu chefe. Em oposição a isso, um subordinado
não tem autoridade para dar ordens a um administrador de linha, ele não tem
poder legítimo sobre o administrador. E, como é possível imaginar, os
administradores têm mais poder legítimo sobre seus subordinados do que sobre
seus pares, chefes e outras pessoas dentro e fora das organizações.
Poder sobre recompensas
O líder que tem poder sobre recompensas influencia
os outros porque controla recompensas valorizadas; as pessoas obedecem aos
desejos do líder para receber essas recompensas. Por exemplo, um administrador
trabalha muito para atingir suas metas de desempenho, para conseguir do seu
chefe uma análise de desempenho positiva e um grande aumento de salário. Por
outro lado, se a política da empresa dita que todos devem receber o mesmo
aumento de salário, o poder de um administrador sobre as recompensas diminui,
porque ele não é capaz de conceder maiores aumentos.
Poder de coerção
O líder com poder de coerção tem controle sobre as
punições; as pessoas obedecem para evitar essas punições. Por exemplo, um
administrador implementa uma política referente a faltas, que aplica ações
disciplinares rigorosas aos empregados que infringirem as normas. Um
administrador tem menor poder de coerção se, digamos, um contrato sindical o
proíbe de punir os empregados com demasiada severidade.
Poder de referência
O líder com poder de referência tem características
pessoais que atraem os outros; as pessoas obedecem devido à admiração, ao
desejo de aprovação, à estima pessoal ou à vontade de ser apreciadas pelo
líder. Por exemplo, administradores jovens e ambiciosos estimulam os hábitos de
trabalho e o estilo pessoal de um executivo carismático e bem-sucedido. Um
executivo incompetente, não estimado, que quase não impõe respeito tem pouco
poder de referência.
Poder de competência
O líder que tem poder de competência possui certas
habilidades ou conhecimentos; as pessoas obedecem porque acreditam nessas habilidades
e podem aprender ou obter vantagens dela. Por exemplo, um administrador de
vendas oferece a seus vendedores algumas orientações sobre como fechar um
negócio. Os vendedores então mudam suas técnicas de vendas porque respeitam as
habilidades do administrador. Por outro lado, a esse líder pode faltar o poder
de competência em outras áreas, tais como a de finanças; assim, seus vendedores
podem ignorar seus conselhos a respeito de assuntos financeiros.
As pessoas que estão em posição de dizer aos outros
o que fazer, que podem recompensar e punir, que são estimadas e admiradas e que
possuem habilidades em que os outros possam inspirar-se serão membros poderosos
da organização. Todas essas fontes de poder são importantes. Embora seja fácil
supor que os chefes mais poderosos são aqueles que têm alto poder legítimo e
controlam as principais recompensas e punições, é importante não subestimar as
fontes mais “pessoais”, como os poderes de referência e perícia. Essas fontes
pessoais são as que se relacionam de forma mais direta com a motivação das
pessoas a desempenhar de acordo com as expectativas de seus superiores.
continua...
Um comentário:
Quem é o aqutor?
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